Barbados - Uma ilha no Caribe

Dicas e relatos de viagem à Barbados

 A Re veio compartilhar conosco suas dicas, fotos e relatos incríveis das viagens que já fez junto com o Cássio, seu esposo. Nós, estamos lisonjeados em tê-la conosco. Espero que vocês gostem dessa novidade e possam "viajar" com eles também.
E, nada melhor do que começar com essa bela ilha do Caribe: BARBADOS!
Hotel em Barbados
Barbados é uma ilha no Caribe, colonizada pelos ingleses, com cerca de 300 mil habitantes e 431 km quadrados de extensão, praticamente do tamanho de Florianópolis. 

Sua população é formada por 93% de descendentes negros, 3% de descendentes europeus e 4% das demais nacionalidades. Segundo a ONU, Barbados tem a melhor qualidade de vida do Caribe, pois 98% da população é alfabetizada, não há pobreza e a criminalidade é praticamente zero.

O nome Barbados foi dado por colonizadores portugueses que passavam pela ilha, por conta das árvores cheias de cipós, que pareciam barbas. 

Por causa da colonização inglesa, os barbadianos falam inglês e dirigem do lado direito, são extremamente pontuais e educados. Os barbadianos falam, ainda, o “Bajan”, uma linguagem informal que mistura inglês com um dialeto (creole).

Barbados tornou-se pacificamente independente em 1966 e continuou mantendo uma relação amistosa com a Inglaterra.

O dinheiro utilizado é o Dólar Barbadiano (BDS), mas o Dólar Americano é aceito em todos os lugares. Via de regra, US$ 1,00 = BDS 2,00, o câmbio é fixo, mas alguns estabelecimentos cobram um pouco a mais pela conversão. Caso alguma conta seja paga com dólares americanos, o troco será dado em dólares barbadianos.

A única empresa aérea que faz o trajeto SP-Barbados sem escalas ou conexões é a Gol. O vôo leva cerca de 5h30 e é relativamente tranqüilo, com alguns pontos de turbulência. As passagens custam em torno de US$ 850,00 (cerca de R$ 2.300,00), mas podem ser trocadas a partir de 15.000 milhas o trecho. Há apenas um vôo de ida e um vôo de volta por semana: a ida é feita aos sábados e a volta é feita aos domingos.

Como nosso vôo atrasou 2 horas para sair do Brasil, chegamos a Barbados às 20 horas do sábado, dia 21/12. Pegamos um táxi e chegamos em 15 minutos ao hotel, cerca de BDS 35,00.

Ficamos no Yellow Bird Hotel, em Christ Church (St Lawrence’s Gap). O hotel é muito bom,
hotel em Barbados
Todos os apartamentos têm vista para o mar e são equipados com cozinha completa, cafeteira, torradeira, microondas, secador de cabelo, ferro e tábua de passar roupa e varanda. Alguns quartos são superiores, como o Deluxe Top Floor, que é um duplex, no último andar, com dois quartos, banheira e varanda de cobertura. 

Nosso apartamento era o Deluxe Studio e nos foi concedido sem tarifa adicional, uma vez que nosso vôo de volta foi mudado e não havia outro quarto disponível no hotel. 

A Geeta, proprietária e gerente do hotel, foi extremamente generosa e não mediu esforços para nos recolocar em outro apartamento assim que surgiu essa vaga por cancelamento. 
Apesar de ter vista para o mar, o hotel não é “pé na areia”! Há uma rua e um deck que dividem o hotel da praia; a praia em frente ao hotel, apesar de ser muito linda e limpa, quase não é freqüentada por banhistas.

Então, caso queiram ficar em um hotel mais próximo de uma praia para banho, o Yellow Bird não é a melhor opção!

O hotel não tem café da manhã e o bar/restaurante que funciona no hotel não possui sistema de café da manhã por pessoa, o serviço deles é à la carte. Por conta disso, fomos ao Trimark, supermercado que fica a 10 minutos de caminhada do hotel, e compramos nosso café da manhã: leite, suco, frios, requeijão, essas coisas.

Ali percebemos que o país não é muito bem servido de alimentos e que tudo ali é caro! Caro mesmo!! Para terem uma idéia, BDS 1,00 = R$ 1,20; um litro de leite em Barbados custa BDS 6,60, em média! Além de os produtos serem muito caros, não há variedade nos supermercados!

Como estávamos em um apartamento equipado com cozinha, pensei em comprar algumas coisas prontas para fazer no hotel, como lasanha congelada e afins. Não tem!

Mesmo bolo pronto, para tomar no café-da-manhã, simplesmente não existe! Eu vi um pedaço de bolo, de fabricação deles, do tamanho da palma da minha mão, por BDS 7,00! Uma garrafa de água de um litro custa em média BDS 4,00. Cerveja e refrigerante são praticamente do mesmo preço do Brasil. 

Sendo cara a comida no supermercado, imaginem nos restaurantes... uma fortuna! É praticamente impossível encontrar um prato individual por menos de BDS 40,00!

Outro fato curioso é que, apesar de estarmos em uma ilha, praticamente não vimos frutos do mar nos restaurantes, o que foi uma frustração pra mim! Nós estamos acostumados a ir para as cidades litorâneas e encontrar peixes e frutos do mar em abundância e com preços ótimos! Em Barbados não é assim! Você até acha um prato ou outro com peixe ou camarão, eles servem muito o peixe voador, mas o esquema é muito diferente daqui! Acredito que esta tenha sido a única parte frustrante da minha viagem, pois eu tinha outra idéia em relação à alimentação!

St. Lawence’s Gap é uma região muito gostosa e animada, muito bem servida de bares, restaurantes, supermercado, loja de conveniência e um..... Duty Free!!!! Eeeeehhh!!! 

A Cave Shepherd, a 10 minutos de caminhada, é um Duty Free muito bom! Os preços são equiparados aos do Brasil, alguns melhores, outros não! Os preços das etiquetas aparecem em três versões: em Dólares Americanos, em Dólares Barbadianos e stem Dólares Barbadianos para os moradores (o “local price” é quase o dobro do preço para turias). 

Para poder comprar em US$, basta apresentar o passaporte. Quase todos os produtos podem ser retirados no momento da compra, com exceção de bebidas alcoólicas e tabacos, que serão enviados para o aeroporto e entregues no momento do embarque. 

Existe a possibilidade de comprarmos bebidas e tabacos para levar, mas o preço a ser pago é o “local price”. 
 No primeiro dia, fizemos um passeio para conhecer os arredores! Fomos ao Trimark, abastecemos nossa geladeira e fomos passear! Do hotel até a Dover Beach, considerada a melhor praia da região (por nós, inclusive), tem cerca de 500 metros!

A Dover Beach é uma praia excelente, com ondas suaves, areia branca e fofinha, possui um restaurante (simples) pé na areia, vários quiosques com porções e bebidas, banheiros limpos e chuveiro de água doce. Na própria praia há passeios de veleiro e Jet sky.

Podemos alugar guarda-sol com duas cadeias e mesinha por BDS 20,00 por dia. Os guardadores de cadeira são super simpáticos e solícitos e levam comidas e bebidas para os turistas, caso solicitado. 

 A Banks é a cerveja local e na Dover Beach existe uma promoção de 4 por BDS 10,00. 

O Cássio, que entende melhor de cerveja do que eu, achou a cerveja boa, mas leve, e preferiu a Stag, também fabricada em Barbados. Os preços da Stag variavam entre 3 ou 4 por BDS 10,00.
Cerveja de Barbados
No segundo dia, fomos conhecer Bridgetown, Capital da ilha. E fomos de van!! As vans são como as lotações em São Paulo e custam BDS 2,00 por pessoa!

Eu achei muito legal por ser bem popular, é um meio de transporte simples e “com emoção”, utilizado por moradores e por turistas! Achei a experiência bastante interessante! Nós pegamos a van relativamente vazia nas primeiras vezes, mas às vezes elas lotam e os passageiros acabam se espremendo para poder entrar outro, é como coração de mãe, sempre cabe mais um! Rss! 
        
Eu li em algum lugar que o centro de Bridgetown lembrava Londres, por conta da arquitetura. Não lembra, nem de longe!! O centro da cidade até possui construções diferenciadas, como o prédio do parlamento, por exemplo, mas só! Bridgetown possui cerca de 100 mil habitantes e o comércio popular lembra o Largo Treze de Maio (em SP) em alguns pontos.

A Broad Street é a melhor rua para quem quer fazer compras. É lá que ficam a maior Cave Shepherd de Barbados, com marcas como Tommy, Levis, Guess e tantas outras, de roupas e de cosméticos. Os preços são melhores do que os do Brasil (uma camisa Tommy custa em média BDS 150,00), mas muito mais altos do que os dos EUA. 
 Depois de passarmos pelas lojas, fomos dar uma volta pelo porto. 
De volta a Christ Church, fomos à Worthing Beach, uma praia que fica a cerca de 200 metros do nosso hotel. A praia é linda e tranqüila, também tem o esquema de aluguel de cadeiras e guarda-sol, mas não tem a mesma estrutura da Dover.
 No terceiro dia, véspera de Natal, fomos até a Rockley Beach. A praia é ótima, também tem quiosques com bebidas e petiscos, banheiros públicos limpos, chuveiro de água doce e aluguel de cadeiras. 

A partir da Rockley Beach, temos acesso ao Boardwalk, uma espécie de calçadão à beira mar com mais de 2 km de extensão. Fomos caminhando até o final dele, próximo ao Coconut Hotel.

As paisagens pelo caminho são lindas, encontramos praias quase desertas, com rochas que formam piscinas naturais,uma delícia de passeio! No caminho há alguns restaurantes interessantes, que servem petiscos e almoços.
Descobrimos que não é hábito, em Barbados, fazer ceia de Natal. Ficamos um pouco desapontados porque os poucos restaurantes que faziam ceia e que cobravam por pessoa ficavam um pouco distantes do hotel. 

Optamos por jantar em um restaurante ao lado do hotel, uma “churrascaria” de um brasileiro (Paulo’s Churrasco do Brasil). Óbvio que eu não ia pagar BDS 110,00 por pessoa para comer picanha congelada, mas pelo jeito as pessoas pagam. E devem gostar... 

O restaurante dele é o maior da região, mas optamos pelo prato à la carte. Eu pedi um macarrão Alfredo com camarão e o Cássio pediu um filé de Dourado com coleslaw, abacaxi e batatas (fritas ou assadas). A comida estava muito boa, mas demorou 40 minutos para chegar!

Foi o único lugar em que fomos mal tratados pelos barbadianos!! Eu não sei se as garçonetes estavam de mau humor, se faltou algum funcionário no dia ou se elas eram chatas mesmo, mas as duas que nos atenderam foram secas e até grosseiras! Conclusão: não ganharam gorjeta na noite de Natal!

Eu nunca faço isso, sempre acabo deixando, mesmo quando o serviço não é lá essas coisas, mas essas foram bem xaropes! Não pegamos o troco (de BDS 6,00), mas foi o máximo que elas conseguiram tirar de nós! Rss!
Voltamos para o hotel, passamos a meia noite do Brasil com nossa família, em Amparo, através do Skype, abrimos um vinho e comemoramos o Natal olhando para o mar!

O dia do Natal amanheceu chovendo! As lojas estavam fechadas, o tempo estava chatinho, então almoçamos em um dos poucos restaurantes que estavam abertos e passamos o resto do dia descansando! Fazia muito tempo que eu não passava um dia de viagem assim, sem fazer nada!

No dia seguinte, fomos conhecer uma das maiores praias da região, a Carlisle Bay! É uma praia bem bonita, quase chegando a Bridgetown, mas não tivemos vontade de ficar lá... não sei se entramos pelo lado errado, mas por onde entramos não havia aluguel de cadeiras e guarda-sol e havia muitas embarcações. 

Andamos pela orla, até chegarmos à Peables Beach, prainha bem pequena, onde fica o Hotel Hilton. Tiramos algumas fotos e fomos para outro lugar.
A partir dali, seguimos para Oystins, onde fica a Miami Beach. A praia, de um lado, é muito calma e de um azul mais claro que as outras, areia bem branquinha e fininha, e é praticamente freqüentada pelos locais! 

Do outro lado ela tem um pouco mais de ondas, mas ainda assim é um lugar tranqüilo para ir com crianças. A praia não tem serviço de guarda-sol e cadeiras e tem apenas uma barraquinha vendendo alguns lanches e salgados, refrigerante, água e cerveja.

Também tem banheiro público e chuveiro de água doce.

No centro de Oystins há um mercado de pescadores e todas as noites são montadas barracas de comidas típicas. Às sextas-feiras há apresentação de dança.

Na manhã seguinte, fomos novamente à Dover Beach, nossa praia preferida! Alugamos uma barraca e passamos o dia todo por lá, descansando, nadando, tomando coca-cola “batizada” com rum e comendo bolinho de peixe! Rs!

À noite fomos convidados para participar de um happy hour no South Gap Hotel, que é parceiro do Yellow Bird! O hotel é uma graça, melhor do que o Yellow Bird, tem uma piscina linda e com vista para o mar, mas que também não é pé na areia!

O preço é relativamente bom e a localização também! O happy hour foi muito agradável e regado a Rum Punch, bebida típica à base de rum, com muito gelo e um fundinho de canela.

No último dia ficamos em dúvida se faríamos algum passeio ou se passaríamos o dia na praia! Saímos do hotel em direção à Turtle Beach, ao lado da Dover, mas apenas para conhecer!

A praia é ótima e há no local muitos hotéis pé na areia, com guarda-sol e cadeiras próprios, além de vários apartamentos de aluguel para temporada. Achei ótima opção, a praia é muito linda, mas o mar por ali é mais agitado e venta bastante

Mais ao Norte de Bridgetow fica Holetown, bairro mais chique da ilha, onde ficam as casas de ricos e famosos (como a Rihanna), hotéis de luxo e campos de golf. Por ali fica o Limegrove, maior shopping da ilha, com lojas de grife como a Louis Vuitton.

Além das praias, Barbados oferece uma variedade de passeios: passear de catamarã pelas praias e nadar com as tartarugas; passear de submarino; conhecer a Harrison’s Cave (caverna no meio da ilha), dentre outros. Os preços variam de US$ 80,00 a US$ 100,00 por pessoa. Como nosso objetivo era apenas descansar, optamos por fazer passeios pelas praias mesmo!

Eu até gostaria de ter ido à fábrica da Mount Gay Rum (o rum que inventou o rum), mas, como escolhemos uma semana de feriados, a fábrica esteve fechada nos dias 25 e 26, o que limitou um pouco nosso tempo. 

Duas curiosidades: a primeira é que é proibido o uso de roupas camufladas na ilha e a polícia leva isso muito a sério (não me perguntem o motivo!!); a segunda é que fomos abordados duas vezes por pessoas vendendo maconha! 

Isso mesmo, “the good one”! Já tínhamos lido a respeito e simplesmente dissemos que não... a maconha é ilegal no país, mas eles ofereceram assim mesmo... vai saber...

Enfim, Barbados é uma ilha para todos os gostos, incluindo bares e boates mais agitados, compras, passeios e praias! Ao sudeste da ilha há praias para os que querem surfar, como a Bathsheba. O povo é extremamente simpático, são sorridentes e solícitos, o ambiente é agradável e recomendável para quem viaja com a família e com crianças.

É um dos lugares que eu pretendo voltar!

Meus pais foram até a Harrison’s Cave e adoraram (BDS 120,00 por pessoa, incluindo o transporte e o ingresso da caverna) e também fizeram um passeio de duas horas de submarino, mas acharam caro demais pelo pouco que viram (US$ 92,00 por pessoa = BDS 184,00 = R$ 220,00).

E, aí, pessoal? Gostaram dos relatos da Renata? Aguardem que em breve teremos outros para compartilhar.

2 comentários

  1. Renata, o que foi que você mais gostou em Barbados?

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  2. Eu gostei demais da hospitalidade dos barbadianos e da cor do mar! É um azul profundo, parece que há holofotes acesos embaixo da água!

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